quinta-feira, 30 de junho de 2016

Vídeo: Como escrever um livro - Como escolher o nome dos personagens

como escrever um livro nome de personagem dicas para escritores
Não é merchan, eu juro!

Hoje é quinta-feira, é dia de dar sequência à serie Como escrever um livro. Tenho recebido algumas perguntas e estou anotando tudo por aqui. Por coincidência - sim, coincidência, já que este vídeo estava gravado - rolou algumas questões sobre como escolher nomes de personagens do seu livro num dos grupos de escrita que eu participo. Entonces, sem mais delongas, tem um vídeo aí descrevendo o que eu faço na hora de escolher o nome dos meus personagens. 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Recursos estilísticos - para prosa e verso (parte 2)


Você já viu por aqui a primeira parte com alguns recursos de estilo para a produção dos seus textos, sejam eles romances, contos, crônicas, poemas, novelas ou quaisquer outros gêneros. Hoje vamos dar sequência a eles.

sábado, 25 de junho de 2016

Sartre e o trânsito


Você tem um carro. Percebe como os demais motoristas são egoístas: é quem mais pode se enfiar na frente do outro. Há os que molengam na sua frente e descem o pé no acelerador quando percebem sua intenção de ultrapassar. Você já não aguenta mais aqueles que, ao sair de vagas de garagem, colocam o rabo do carro no meio da rua, quando não na pista contrária. Então, você cuida de si mesmo, e dos outros. Mas não pode se esquecer dos pedestres, seres indefesos e insanos, que levantam a mão na calçada e não esperam que você tenha tempo de parar, se jogando na faixa de pedestres. Você freia, canta pneus e, olhando pelo retrovisor, reza para que o carro de trás não lhe acerte em cheio.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Vídeo: Como escrever um livro - 11 tipos de narrador

tipos de narrador narradores foco narrativo video youtube como escrever um livro dicas para escritores

Como prometido, hoje é quinta-feira e, às dez horas, saiu vídeo no meu canal do Youtube da série Como escrever um livro. O tema escolhido para hoje é tipos de narradores, incluindo foco narrativo.

Por mais que o título seja 11 tipos de narrador, sei que são 3 focos narrativos e 8 tipos de narrador - que, inclusive, não são exatamente os mesmos do post Como escolher o narrador da sua história. Normalmente, os posts do blog são mais complexos, servem mais como fonte de estudo; já os vídeos do youtube, pretendo que sejam mais práticos e sucintos.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

O tal do ponto-e-vírgula


Dando sequência às dicas de como melhorar a escrita (a parte de Língua Portuguesa, mesmo, com suas regrinhas tão famigeradas), hoje vou falar sobre ponto-e-vírgula.

Para que serve este sinal que é mais que uma vírgula e menos que um ponto?

terça-feira, 21 de junho de 2016

Vlog: Olho por olho, beijo por canudo

vlogger youtuber namoro a distancia dia dos namorados joinville

Aproveitando que é mês dos namorados, que amanhã eu completo 16 anos de namoro, vamos falar de amor. Já namorou à distância? Digo, já teve um relacionamento com alguém que morasse em outra cidade, estado, país? Quer saber como é?

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Recursos estilísticos – para prosa ou verso (parte 1)


Quando produzimos um texto literário, há duas coisas a serem consideradas: o que você quer dizer e como você vai fazer isso. Quanto ao conteúdo, ao assunto, você pode encontrar inspiração em três situações distintas: na experiência, na observação e na investigação. Já quanto à forma de escrever, você pode lançar das figuras de linguagem.

domingo, 19 de junho de 2016

Essa tal de empatia


Vivemos a era das selfies: 90% dos brasileiros tiram fotos de si mesmos, e são essas as fotos mais curtidas. É um mundo de egolatria.

Essa busca por aceitação social nas redes pode tornar-se compulsiva. É uma disputa invisível entre quem tem mais likes, mais compartilhamentos, mais fama – mesmo que vazia e momentânea. Esses dias, conversando com um aluno, mostrei a ele uma foto no celular e fiz um comentário totalmente inocente: “viu quantos likes?” Ele nem pestanejou: “Pois é. E nem está pelada.”

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Vídeo: Como escrever um livro - Construção de personagem

construção de personagem, personagem avatar, personagem ficcional, verossimilhança

Eu não sei se você sabe, mas eu tenho um canal no youtube. Ele já tem um tempinho, é um canal pessoal e não se refere apenas à escrita (aliás, não há, ainda, quase nada referente à escrita por lá). O caso é que tem milhares de algumas pessoas implorando pedindo a volta do canal - e eu, como já estava mesmo me coçando para tomar uma iniciativa, resolvi gravar algumas cositas.

Pois bem, o primeiro vídeo dessa nova temporada inaugura a série Como escrever um livro. Nela, eu vou abordar algumas das facetas da construção de um romance, partindo dos elementos fundamentais até os elementos acessórios. O primeiro vídeo é sobre Construção de personagem.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como melhorar a escrita dos diálogos - Vírgulas

uso da virgula vocativo dicas para escritores

Pensando em alguns errinhos que as pessoas cometem na construção de suas frases, vou fazer uma séries de posts com dicas práticas para melhorar a escrita dos diálogos das suas histórias.

1. Vírgulas e vocativos


Vocativo é o chamamento de alguém. Sabe, naquela frase, quando um personagem chama o outro pelo nome, por um apelido, ou algo que os substitua? Esse é o vocativo.
O vocativo pode vir no início, no meio ou no fim da frase.

terça-feira, 14 de junho de 2016

A rotina mata o amor

cronica escritora joinville

A rotina mata o amor. A frase lhe martelava a mente. Não sabia se concordava com ela. As experiências sensoriais do início do namoro haviam se perdido em 16 anos juntos. A vida toma um rumo que não corresponde exatamente aos nossos sonhos e, quando menos percebemos, estamos vivendo uma vida igual à que viviam nossos pais – aquela que recusávamos. Mas o roteiro vem pronto e, de repente, estamos atolados num sitcom americano, com contas para pagar, mercado nos fins de semana, casa para limpar, roupa para lavar. O tempo fica curto e o desejo de explorar a vida com todas as células vai sendo guardado num baú escondido da alma, com chaves e ferrolhos.

Pensava em sua vida: o amor estava lá, tinha certeza. Talvez um velhinho encarangado, precisando de muleta e óculos grossos, mas vivo ainda. Quando é que se pode dizer que o amor foi morto? Pensou no marido, sentado no sofá, no fim do dia, com cara de quem queria se desligar do mundo de fora e se meter pelos fios que lhe emaranhavam os pensamentos de dentro. Pensou nas festas, cada vez mais raras, quando ela ainda podia usar saltos e maquiagem. Poucas, mas existiam. Precisava se agarrar a qualquer resquício de sonho encantado que pudesse lhe faiscar.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Como escolher o narrador da sua história

foco narrativo tipos de narrador dicas para escritor

Levando em conta os cinco elementos essenciais da narrativa, o narrador é um dos itens que merece destaque e atenção por parte do escritor. Escolher corretamente o narrador pode alavancar uma ótima história – ou acabar rebaixando algo que poderia ser grandioso.
Sei que você aprendeu na escola que narrador pode ser em primeira, segunda ou terceirapessoa, mas, na prática, a coisa é um pouco mais complexa que isso. É preciso considerar quem narra, para quem narra, qual a afinidade e o envolvimento do narrador com a história, quais as facetas que ele conhece do que está contando, entre outros fatores.

Segundo a tipologia de Norman Friedman, os narradores podem ser:

sábado, 11 de junho de 2016

Tempero de amor

cronica escritora joinville dia dos namorados

Desde muito cedo, aprendi com minha mãe que, quando ela me oferecia comida, era mais que uma maneira de manter minha subsistência. Em minha casa, comida sempre foi sinônimo de amor. Está doente, que tal uma sopinha? Olha, te trouxe um chocolate. Se comer toda a salada, pode repetir a sobremesa. Dinheiro era pouco, a família não era das menores, então oferecer comida, feita com as próprias mãos e temperada com carinho e esmero, era uma forma digna, rápida e eficaz de ofertar amor.

Meu gato, Tom, aprendeu rapidinho a lição. Desde que ele foi adotado, todas as vezes que pego o patê, pergunto a ele “Quem é o gato que me ama?” E ele mia, em resposta, Miaaaaaau, como uma criança a responder Eeeeeeeuuu. Ele aprendeu comigo, que aprendi com minha mãe (que provavelmente aprendeu com minha avó) que comida é igual a amor. Um amor delicioso, a pequenas colheradas ou grandes goles, um amor que alimenta e nutre, de dentro para fora.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Nublada

cronica depressao suicidio separacao

O dia não tinha amanhecido. Era como se estivesse imitando-lhe o comportamento da alma, que há dias não conseguia amanhecer. Pelo caminho, o céu branco estava baixo, como se as nuvens tentassem tocar o chão. Sem qualquer poesia – não há beleza num teto prestes a despencar. O ar úmido e alvo lhe enchia os pulmões, sufocando.

Um dia cinzento, diria uma pessoa comum. Não ela. Dias nublados, com cerração baixa, nunca são cinza. São da cor da depressão. E se a depressão é branca como uma camisa de força alvejada com cloro puríssimo, então dias sem sol são exatamente dessa cor.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Sobre a maternidade

cronica parto maternidade dia das maes escritora joinvilense
Foto: Camila Mendes Fotografia
Desde que entendi como bebês chegam ao mundo (muito antes de saber como eles são fabricados) eu já sentia pavor de parto. Não queria nem ouvir falar: sem testemunhos sangrentos e doloridos, sem saber aonde vai a placenta depois que o bebê nasce, sem distinguir cesárea de parto normal.

Todas as tentativas de minhas professoras de Ciências de passar vídeos reais de partos foram frustradas. Comigo, pelo menos. Com os outros alunos, não. Eles voltavam para a sala cheios de comentários, com os olhos brilhando como alguém que vê a magia acontecer.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Como NÃO escrever diálogos

dicas para escritor dialogos como escrever um livro

Como você já viu aqui, é através dos diálogos que seu personagem ganha vida. O personagem pode até representar uma ideia na cabeça do leitor, mas ele só está vivo quando ele abre a boca e fala. Assim, vamos relembrar – um bom diálogo (assim como uma boa cena) tem basicamente três funções: caracterizar o personagem, situar o personagem ou levar a história para frente. Tendo isso em mente, entenda que ainda assim, alguns diálogos funcionam melhor que outros.

Antes que eu seja massacrada confrontada, tenha em mente que: a) Essas são dicas, ou seja, são uma forma de fazer, não uma fórmula. Seu texto é seu, e só você pode dizer o que funciona para você ou não; b) Só pode quebrar regras quem as conhece. Então, enquanto escritor, estude, estude, estude - se achar que não serve para você, subverta, descarte, aprimore; c) Mais dicas são bem-vindas. É para isso que servem o espaço de comentários lá embaixo.

domingo, 5 de junho de 2016

Eles são criados para o mundo

cronica filhos personagens dicas para escritor escritora joinvilense
Foto: Niki Boon
Tudo começa com um susto. É sempre assim. Há um serzinho novo sendo gerado, e a gente se pergunta, por um breve instante, como foi que isso aconteceu. Pergunta retórica, todo mundo sabe como essas coisas acontecem. Então, você aceita. Depois, desfruta. É necessário gestar, esperar a formação para que ele (ou ela) dê as caras ao mundo.

Quando ele nasce, é pequenino, não fala, não anda. Mas a gente já imagina um roteiro perfeito, com cenas bem definidas, objetivos claros e final feliz. Sempre final feliz. A vida seria um fardo pesado demais sem os finais felizes.