quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O mistério da rosa


Estava prestes a sair para o trabalho, quase atrasada, como todas as manhãs. Ainda dentro do meu pátio, no caminho por onde o carro passa, uma mancha vermelha chamou-me a atenção.

Aproximei-me, incrédula, sem querer crer no improvável que se exibia ali, frente aos meus olhos: uma rosa vermelha, linda, novinha em folha, deitada no meio da passagem, como se tivesse sido deixada de propósito. Um presente, talvez. Mas de quem? Meu marido ainda estava dentro de casa, terminando de ajeitar a vida que leva consigo quando sai para o trabalho, dele é que não era. Olhei ao redor: portão ainda com corrente e cadeado, nenhum sinal de arrombamento, nada: um mistério lindo e rubro a me encarar de volta.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Deinhah responde #1


Vocês pediram, titia aceitou o desafio.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Leonino não nasce, estreia

escritor escritora joinville joinvilense cronica signo zodiaco leonino leonina

Sou leonina, não nego. Pode ficar tranquilo, que não vou falar de previsões astrológicas, nem desvendar meu mapa astral nestas poucas linhas (até porque não tenho bem certeza de acreditar nessas coisas). Mas uma coisa é certa: eu não nasci em agosto, eu adentrei no palco da vida (porque, não sei se você sabe, mas leonino não nasce, estreia). E, estando num palco, todos os holofotes do mundo estão voltados para mim, eu sinto (ou, pelo menos, minha autoestima me faz acreditar que sim).

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Tem cheirinho de chiclete no ar

"Chiclete pra Guardar pra Depois” (Editora Areia, 117 pág., 2016) reúne 37 crônicas nas quais a autora reflete sobre amadurecimento e sobre o mundo contemporâneo. Em tom quase de confissão, é como se Andreia abrisse seu diário para o leitor e dialogasse com ele sobre as agruras de crescer – principalmente para as meninas." (Jornal A Notícia, 08/08/16)


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Aniversário no dia dos pais


Era uma sexta-feira fria de sol, agosto de 79 (pelo menos, eu gosto de imaginar que era um dia perfeito). Foi quando eu nasci – e meu pai nasceu comigo. Porque um pai nasce no mesmo dia em que nasce seu primeiro filho (mãe, não – mãe já é mãe desde antes de descobrir o motivo dos enjoos: mãe sente). E essa sexta-feira antecedia o dia dos pais. Na época, deve ter parecido ótimo: dar a um pai uma filha de presente de dia dos pais. Chega a ser poético (ou piegas).

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Ciclo da moda


E a moda? Por mais que eu seja uma apaixonada por roupas e sapatos (e bolsas, e cintos, e acessórios...), não é sobre isso que eu pretendo falar. O que me pega hoje é esse sentimento coletivo e generalizado que as pessoas têm de pertencer a um grupo que faz, usa, come e pensa as mesmas coisas, e de como a moda, enquanto um sistema de usos e costumes compartilhados por pessoas do mesmo grupo, é cíclica.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Amor é fogo


O amor é uma chama. Você acende uma vez, e vê que é bom. Mas, enquanto fogo, é quente e você tem medo de se queimar. Então vai devagar: acende a vela, com cuidado, e a carrega como quem caminha numa procissão – num suporte de papelão, para que a cera não acabe queimando seus dedos ao derreter.

O fogo é fascinante. Você tenta apagá-lo durante o dia, para que possa tomar conta da vida, como fazem as pessoas normais. Mas não consegue. A chama flamulando é hipnotizante. Quanta magia cabe no fogo trazido dos céus por Prometeu? Que dádiva ou maldição dos deuses a chama do amor pode carregar entre meros mortais? Você pergunta, mas não quer resposta: se acostuma a manter uma chama, mesmo que pequenina, sempre ao seu lado, porque o amor lhe faz bem.