quinta-feira, 29 de setembro de 2016

6 razões para publicar na Amazon

(ou em qualquer outra plataforma de autopublicação online)


autopublicacao amazon saraiva perse clube de autores bookess ebook publicacao de livro

Hoje em dia, a vida é muito menos complicada para o escritor iniciante do que era quando eu era uma jovem ingressante no curso de Letras (no século passado). Minha maior chance de pulicar alguma coisa sempre passava pela fagulha de esperança que se acendia a cada envelope que eu postava nos correios, quando me inscrevia em algum concurso literário (até cheguei a ganhar alguns, mas precisava bancar uma parte do valor da publicação, eu era uma universitária falida como tantos outros e acabei não lançando nada na época). Agora, além dos concursos (que continuam a existir), o escritor iniciante pode lançar mão das plataformas de autopublicação – que são sites nos quais é possível você publicar seu livro sem gastar quase nada.

O título cita a gigante Amazon justamente porque essa é a plataforma mais conhecida e mais utilizada pelos usuários brasileiros no momento. Mas há outras: Publique-se, Clube de Autores, PerseBookess, Writing Life, E-Galáxia... Algumas dessas plataformas possuem apenas a publicação virtual – os chamados e-books – enquanto outras possuem publicações virtuais e impressas, o que pode ser a forma mais fácil de um autor realizar o sonho de ter seu livro físico, impresso, em suas mãos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Primaveras e subtons


Desde muito pequena, inspirada pela fala de minha mãe, eu repetia aos quatro ventos “O inverno é minha estação favorita.” Não é que eu não tivesse minha própria opinião, mas crianças enxergam o mundo com os olhos do exagero, com uma radicalidade própria de quem muito pouco conhece das coisas da vida. Na cabeça infantil, não há espaços para os subtons: tudo é que não é preto, é branco.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Por conta própria

Foto do facebook de Natan Pereira (edições: Qualquer Sentido)

Ninguém esperava. O dia estava lindo, com céu azul, limpinho, coisa quase rara na cidade da chuva. Um prenúncio do verão que voltaria, porque ele sempre volta. De mansinho, sem fazer alarde, a água foi subindo, subindo, subindo. Ficou na bordinha da margem do rio, encarando atenta a movimentação da cidade que fervilha em horário de trabalho. Decidiu transbordar e foi, aos poucos, bem lentamente, tomando os espaços, fluida, preenchendo tudo, como só a água é capaz de fazer.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Vídeo: como escrever um livro #4 - Jornada do herói


Já falei por aqui que um dos segredos dos roteiros de Hollywood serem um sucesso está intimamente ligado à forma como os roteiros são escritos. E uma dessas formas é a tão conhecida jornada do herói, de Joseph Campbell. Filmes que foram grandes sucessos de bilheteria e livros que se tornaram best-sellers se encaixam na narrativa da jornada - Star Wars, Harry Potter, Jogos Vorazes, Divergente, Matrix, O Senhor dos Anéis, Valente, O Bom Dinossauro, Jurassic Park... Enfim, é uma infinidade de sucessos garantidos pela estrutura descoberta por Campbell.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Exercícios de escrita - aderência com o leitor



Vamos relembrar as três dicas dadas no post Como fazer o leitor grudar na sua história:



  1. Não conte, mostre.
  2. Evite filter words (assistir, decidir, experimentar, imaginar, notar, olhar, ouvir, parecer, pensar, perceber, poder, saber, sentir, ser capaz de, ver...)
  3. Trabalhe com os sentidos (audição, visão, tato, olfato, paladar)


domingo, 11 de setembro de 2016

Setembro amarelo

crônica prevencao ao suicidio joinville escritora joinvilense setembro amarelo

Não é segunda-feira, mas parece ser. Você está aí, com a alma doendo nos pulsos, ansiando ter uma moeda para entregar ao barqueiro, enquanto eu estou aqui, com tocos de unhas e a esperança estilhaçada como um espelho que se quebrou, trazendo sete anos de azar. Eu rezo para que você abra os olhos, imploro aos céus para que eu mesma possa acordar e ter certeza de que tudo não passa de um pesadelo, por mais que a dor não me deixe espaço para a dúvida: a realidade me enche hematomas dentro do peito, onde a culpa faz morada. Por quê?, perguntam-me as vozes da consciência.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Guerra civil e a representatividade

team capitao america team stark representatividade importa

Hoje tem um post um pouco diferente aqui no blog. Na verdade, vou começar a fazer algumas resenhas, não só aqui, mas também no meu canal no YouTube. Mas essa não é uma resenha comum, até porque não teria sentido em fazer uma resenha sobre Capitão América: Guerra Civil agora em setembro, se o filme já foi lançando em abril, certo? O que eu quero abordar hoje é apenas um dos aspectos do filme que muito me chamou a atenção: a questão da representatividade.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sobre a escrita de diários



Escrever sempre foi um método eficaz de lidar com monstros. É por isso que a humanidade vem escrevendo diários, desde que a escrita nos permitiu deixar a pré-história para trás. Ou talvez até antes da invenção da escrita: vale lembrar a arte rupestre adornando cavernas com imagens que, justo por serem grandes medos dos nossos ancestrais, eram também grandes objetivos a serem vencidos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Ser diferente

cronica joinville escritora joinvilense catarinense literatura dia a dia dicas para escritores iniciantes

“Quando você decidiu que seria diferente?”

Os olhos me interrogavam, cheios de expectativa. Eu tinha acabado de passar uma hora falando sobre como a mídia planta sementes em nossas mentes, empurrando padrões de beleza que são como forminhas – e, quando as sementes germinam, crescem e frutificam, nossa autoestima mingua e passamos a acreditar que, se nosso corpo não se encaixa na forma, é porque tem algum problema conosco.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Como fazer o leitor grudar na sua história


  1. Não conte, mostre.


A regra de ouro quando vamos narrar um texto é nunca contar uma história, mas sim mostrá-la ao leitor. Quando o leitor acompanha, palavra após palavra, tudo o que acontece com o seu personagem, ele precisa passar pela experiência de vivenciar o que o personagem vivencia. Assim, você não deve contar algo ao leitor – a menos que queira apressar algum trecho. Para proporcionar tal vivência, é preciso mostrar.

Fazer isso não é tão difícil quanto parece. Imagine que sua história será retratada num filme. Quando você imagina seu personagem nervoso, à beira de ataque de nervos, que ações ele tem que podem demonstrar isso? Ele rói unhas, morde as cutículas nos cantinhos dos dedos? Ele bate a ponta do pé insistentemente no chão? Ele, de pernas cruzadas, insiste em balançar a perna que está por cima? Ele bufa, inspira fundo, engole em seco? Pense visualmente como você pode transmitir isso ao leitor.