(ou em qualquer outra plataforma de autopublicação online)
Hoje em dia, a vida é muito menos
complicada para o escritor iniciante do que era quando eu era uma jovem
ingressante no curso de Letras (no século passado). Minha maior chance de
pulicar alguma coisa sempre passava pela fagulha de esperança que se acendia a
cada envelope que eu postava nos correios, quando me inscrevia em algum
concurso literário (até cheguei a ganhar alguns, mas precisava bancar uma parte
do valor da publicação, eu era uma universitária falida como tantos outros
e acabei não lançando nada na época). Agora, além dos concursos (que continuam
a existir), o escritor iniciante pode lançar mão das plataformas de
autopublicação – que são sites nos quais é possível você publicar seu livro sem
gastar quase nada.
O título cita a gigante Amazon
justamente porque essa é a plataforma mais conhecida e mais utilizada pelos
usuários brasileiros no momento. Mas há outras: Publique-se, Clube de Autores, Perse, Bookess, Writing Life, E-Galáxia... Algumas dessas plataformas possuem apenas a
publicação virtual – os chamados e-books – enquanto outras possuem publicações
virtuais e impressas, o que pode ser a forma mais fácil de um autor realizar o
sonho de ter seu livro físico, impresso, em suas mãos.
1. Custo quase zero
Para lançar um livro digital,
você precisa:
a) revisar o texto –
sugiro a contratação de um profissional. Nossos olhos normalmente estão
viciados em nossos próprios textos, e deixamos alguns erros escaparem;
b) diagramar o texto –
essa parte não é tão difícil e normalmente as plataformas têm tutoriais
ensinando a fazer tudo, passinho por passinho. A Amazon, por exemplo, tem
vídeos explicando, inclusive, como utilizar os estilos para configurar seu
documento de Word antes de transformá-lo no formato final a ser feito upload no site;
c) elaborar uma capa – se
você manja dos editores de imagem da vida AND têm noções amplas de estética,
você pode fazer sua própria capa – mas lembre-se de comprar os direitos de uma
imagem ou utilizar imagens de bancos de imagens gratuitos. Já se você não é
exatamente um fera da edição, eu recomendo que você contrate um capista. Por
mais que a gente viva repetindo que não se deve comprar um livro pela capa, não
podemos negar que a capa é o primeiro contato do leitor com seu livro. Se a
capa não for atrativa, ele dificilmente lerá a sinopse.
d) publicar na plataforma
– isso você consegue fazer sozinho.
No caso de livros físicos, as
etapas são praticamente as mesmas, mas você vai precisar dar atenção especial à
confecção da capa, que precisa seguir as medidas especificadas pela plataforma
– e nem sempre isso é a coisa mais simples do mundo. No Clube de Autores, tem
um gerador de capas – são capas simples, mas totalmente personalizáveis – e é
possível que alguém com pouca noção de informática dê conta de editá-la.
2. Vale quanto pesa
Se você comparar o valor dos
ebooks com o valor dos livros físicos, o livro virtual é uma excelente vantagem
para quem compra. Enquanto um livro físico custa trinta reais, o mesmo livro em
ebook custa oito reais. Qual é a vantagem disso? O leitor pode comprar mais
livros com o mesmo valor. Pessoas que dizem que não compram livros por causa do
custo podem mudar de ideia se o custo for menor. E é muito mais fácil carregar
vários ebooks consigo do que vários livros.
Se o valor dos livros virtuais é
uma vantagem, o fato de algumas pessoas não estarem habituadas à leitura em
dispositivos como tablets, celulares e leitores digitais é uma desvantagem.
Muita gente alega que nada é capaz de substituir o prazer da leitura de um
livro em papel.
Por mais que seja possível fazer
a autopublicação de livros físicos sob demanda – o leitor paga e a gráfica
produz apenas o que foi comprado, um a um – o custo para esse tipo de publicação
é muito alto. Por exemplo, um livro de mais ou menos 100 páginas, com o autor
ganhando três ou quatro reais, pode sair por até quarenta reais (claro, sempre
há promoções que baixam esse valor; ainda assim, é um valor alto por um livro
não tão extenso).
3. Netflix de livros
Não posso falar de todas as
plataformas, porque não as conheço. Mas a Amazon tem um programa muito
interessante, tanto para quem escreve, quanto para quem lê. É o Kindle
Unlimited. Nele, o leitor paga uma mensalidade fixa e pode ler, incluso no
valor pago gratuitamente, qualquer livro que tenha sido cadastrado pelo
autor no programa. Ou seja, é como uma Netflix de livros. Para o leitor, as
vantagens são óbivas. E para o autor? Os percentuais pagos por livro de quem se
inscreve nesse programa são maiores que para os autores que não aderem a ele
(num livro normal, o autor ganha 30% do valor do livro virtual; no KDP Select,
esse valor pode chegar a 70%). Além disso, o autor ganha por página lida.
Assim, quanto mais leitores estiverem lendo seus livros, mais você ganha – e se
a história agradar, ganha mais ainda, porque o leitor não vai desistir enquanto
não chegar ao fim. A única desvantagem é que, quando um autor adere ao
programa, seu livro digital precisa estar exclusivamente na Amazon.
4. Um bom começo
Quando você lança um livro, ele
não pertence mais a você. Sua interpretação dele será apenas mais uma dentre
todas as interpretações feitas pelos seus leitores. Assim, é comum que as
pessoas comentem seu livro no espaço para comentários. Isso é uma faca de dois
gumes. Comentários positivos atraem mais leitores para sua história.
Comentários negativos os afastam.
Pensando nisso, leve em
consideração: por mais que seja gratuito publicar numa dessas plataformas,
pergunte-se: sua história está pronta para ganhar o mundo? Não estou dizendo
que um começo ruim possa arruinar toda uma jornada, mas se você começar a
receber uma série de comentários negativos – e eu que blogo desde 2004 sei que
um hater puxa outro – pode acabar se desanimando.
Se você não tem certeza de que
sua história está pronta, precisa conseguir leitores betas, pessoas que vão ler
sua história e comentá-la, dizer o que acharam dela. O ideal é que seus betas
não sejam familiares ou amigos próximos, porque essas pessoas têm a tendência
de não serem imparciais: como elas gostam de você, elas vão acabar gostando do
que você escreve.
Outra forma de mensurar sua
história é lançá-la no Wattpad. Por lá, você não vai receber um centavo pelo
que as pessoas lerem. Mas, de uma forma geral, algumas pessoas comentam sua
história, apontando pontos fortes e pontos fracos – e você pode pensar em
reescrever sua história tendo em mente esses comentários.
5. Construção de um público leitor
André Vianco, escritor brasileiro
best-seller, diz que, mais importante
que lucrar com seus primeiros livros, é a construção de um público leitor.
Nesse sentido, as plataformas de autopublicação funcionam muito bem. Por mais
que você não vá ganhar dinheiro o suficiente para sobreviver disso no início (quem
dirá viver), você vai começar a ter leitores. Se esses leitores gostarem da sua
história, eles vão indicar a outros leitores – e você conhece o efeito em
cadeia.
Pensando somente nesse item, o
Wattpad e o Nyah funcionam ainda melhor, já que nessas plataformas os livros
estão disponíveis de forma gratuita – apesar de que na Amazon é possível
colocar seu livro gratuito por cinco dias a cada três meses, para divulgar.
6. Receba sem sair de casa
Não sei como funcionam todas as
plataformas, mas a Amazon do Brasil paga os royalties dos livros vendidos (e
das páginas lidas, se seu livro estiver participando do KDP Select) via
transferência eletrônica. Ou seja, para receber o seu dinheirinho, basta que
você informe seus dados bancários e o dinheiro é depositado em conta – leva 60
dias após o fechamento do mês.
Desvantagem: Controle de qualidade
Há uma desvantagem que eu vejo na autopublicação: não há um controle de qualidade. Como é uma ferramenta de fácil acesso ao bom escritor iniciante, ela também é de acesso fácil ao escritor despreparado, que ainda não está pronto para lançar seu livro ao mundo. Assim, há pessoas que ainda têm preconceito com as obras autopublicadas. Mas, como eu já disse antes, se seu trabalho for bom, se seu livro estiver bem escrito, se tiver uma boa história a contar, você vai conseguir, sim, seu espaço e conseguirá construir um bom público leitor. Na dúvida, não hesite em contatar leitores beta para lerem e comentarem sinceramente sua obra antes de qualquer publicação.
Importante: Antes de fazer sua publicação em qualquer uma dessas plataformas, é importante REGISTRAR sua obra junto à Biblioteca Nacional. Assim, caso você descubra algum plágio, você terá seus direitos autorais garantidos.
A princípio, essas são as principais razões para lançar-se na jornada da autopublicação. E você, vê mais alguma vantagem? Alguma desvantagem? Vamos trocar umas ideias aqui nos comentários.
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