Estava prestes a sair para o trabalho, quase atrasada, como todas as manhãs. Ainda dentro do meu pátio, no caminho por onde o carro passa, uma mancha vermelha chamou-me a atenção.
Aproximei-me, incrédula, sem querer crer no improvável que se exibia ali, frente aos meus olhos: uma rosa vermelha, linda, novinha em folha, deitada no meio da passagem, como se tivesse sido deixada de propósito. Um presente, talvez. Mas de quem? Meu marido ainda estava dentro de casa, terminando de ajeitar a vida que leva consigo quando sai para o trabalho, dele é que não era. Olhei ao redor: portão ainda com corrente e cadeado, nenhum sinal de arrombamento, nada: um mistério lindo e rubro a me encarar de volta.